26/06/2011
Primeiramente, desculpem a demora deste novo post; tempos não tão fáceis nos assombram. Nada demais e nada de inesperado. Indesejável com certeza, ninguém quer acordar daquele sonho cor-de-rosa e dar de cara com um dia nublado e de trovoadas, certo? Mas, como bons seres humanos que somos, sabemos que esses conflitos fazem parte do nosso "ser". Pensar no futuro, fazer planos, colocar-se objetivos, sonhar sem limites, sonhar com limites, imaginar os próximos passos de um projeto, de uma relação... Agarrar uma meta e projetar no mundo - e no outro - a realização de tantos devaneios... Isso é normal, não? Porém, nossa cabeça não funciona assim, ela não se contenta em sonhar porque, beirando os 30, ela já sabe que a realidade não é sonho, e que aqui, no mundo real, é preciso ralar, desviar dos obstáculos, enfrentar as feras dessa natureza selvagem - o mercado - e tudo mais. E é assim que o dia se fecha diante de nossos olhos e nossos corações, de um instante para outro todos os nossos fantasmas surgem das trevas pra nos perturbar! Ah, se eu pudesse trancá-los num calabouço... Quer saber? Talvez eu não o fizesse. Eles existem para nos fazer pensar, questionar e enfrentar, estão aí para nos fortalecer, para nos direcionar. Acho que eu só gostaria de dar a eles um visto de permanência limitado, algo tipo... 24 horas.
Como ainda não tenho esse super poder - estou me trabalhando pra isso - me concentro em dar o melhor de mim para que a situação fique controlada e que a paz logo se restabeleça dentro de nós. Como parceiros nessa jornada, o Thiago e eu somos mais que namorados, somos um campo magnético trabalhando na mesma frequência... Se um altera as vibrações, o outro logo sofre as consequências, e a gente sabe como é: isso dá um trabalho pra se equilibrar... Dá uma agonia, uma agitação... Aff! Mas, pera aí, estamos na Califórnia! Lugar onde sonhamos estar desde o começo dessa trip! Estamos trabalhando duro em nosso projeto, temos um site lindo indo pro ar, continuamos conquistando amigos e reunindo forças para nossa aventura no Burning Man... Ah, paremos com isso! Bola pra frente. Chutemos essa tal de angústia pra escanteio (ontem o Mexico ganhou dos EUA por 4x2, os chicanos estão em festa por aqui).
Bom, depois do Grand Canyon ficamos isolados num hotel, bem agradável, em Riverside. A ideia inicial era irmos pro Joshua Tree National Park, mas, chegando lá, demos de cara com um parque bem roots, sem qualquer tipo de serviços. Como já estávamos na estrada por mais de seis horas e eu, particularmente, já estava satisfeita de desertos, decidimos seguir para Laguna Beach, CA. Mas paramos no meio do caminho, nesse tal simpático hotel. Lá ficamos trabalhando nossos espíritos, nossa relação e nosso FiftyFlags por três dias. Foi extremamente funcional. Além da ida ao cinema, para assistir "Meia noite em Paris", do Woody Allen, que nos inspirou à reflexão e à arte.
De lá, partimos para Los Angeles. Nos hospedamos na casa de um couchsurfer com hábitos muito bacanas. O cara nos deixou extremamente à vontade, nos sentimos literalmente em casa! Um quarto só pra gente, cozinha liberada e um bom exemplo de vida para observarmos - ele planta um monte de verduras e frutas no jardim (fiz até uma limonada ao estilo Vó Santina), tem duas galinhas que chocam ovos deliciosos, faz compostagem; é músico, ator, escreveu um livro sobre a tecnologia do iPad e iPhone, tem uma vitrola e uma coleção de vinil, entre outros. Não pegamos o depoimento dele, porque, apesar de tantos atributos, ele não parecia muito disposto a compartilhar e, então, deixamos pra lá.
Nossos amigos, o casal NagaNara, estavam nos esperando em Sta. Monica. Tivemos mais dois dias juntos, antes deles partirem de volta pro Brasil. Curtimos o primeiro sentados no mesmo bar, até tarde da noite, conversando e rindo e rindo e conversando. O segundo foi adrenalina total! Fomos ao Six Flags Magic Mountain, parque de montanhas russas. Ahhhhhhhh!!!! Foi demais. Eu amei. Agora sim posso dizer que me diverti. Diversão pra gente grande... Diferente do Magic Kingdom, claro. Gente, como é esquisita aquela sensação de medo, né? É um medo que vem na barriga e que faz a gente rir sem parar... Dá um ataque de risos... Hahahahah Muito bom! Gritei a valer. Foi ótimo, mesmo com as inconvenientes filas. Naroca e Thiago: amei ver vocês! Já estou com saudade. Amiga, fiquei com um nó na garganta quando você foi embora... Logo nos vemos.
Mudança de couch! Estamos agora surfando no sofá do Jorge, um colombiano de Barranquilla, muito querido e simpático, que nos levou à salsa, depois de uma saborosa pizza caseira (feita pela Marion - francesa e também do couchsurfing). Ele sim nos deu um depoimento excelente. Bem sincero e agradável, típico de alguém que já viajou bastante e que sente prazer em hospedar, conhecer pessoas e fazer amigos. Essa foi nossa última noite aqui. Hoje já vamos dormir em outro couch, também em Sta. Monica. Daqui pra frente será assim: surfaremos de couch em couch, atrás das figuras mais interessantes para nosso documentário!
PS: ontem fomos para Venice Beach, finalmente estou vivendo na Califórnia!
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