segunda-feira, 2 de maio de 2011

Magic FiftyFlags



01/05/2011

Estou vivendo num parque de diversão... Tem montanha-russa que dá frio na barriga, tem casa do terror, ou melhor, dos punks, tem montanha encantada com surpresas e curiosidades a cada curva do rio, carrossel com passeios românticos... Aqui tem de tudo!

Na Virginia curtimos uma estadia familiar, cuidados com muito zelo e conforto. Ficamos na casa de um casal amigo da mãe do Thi, tivemos café da manhã preparado com carinho e bom papo, e dois jantares maravilhosos, além de ganharmos de presente a nossa vigésima bandeira! Susan e Peter, muito obrigada; vocês foram nosso "algodão doce"... rs

Aliás, preciso falar sobre as flores de Arlington... Gente, o que é aquilo?! Azaleias coloridas por todo o canto, são mais de 300 tipos - segundo o Peter nos contou -, muitas árvores floridas e gramados verdinhos. Que lindo jardim!

Mas o ponto alto desse trecho foi mesmo o Thi; com seu macacão colorido ele arrancou sorrisos e deixou sua mensagem de paz!... Acho que foi isso que me fez sentir em um universo de magia... Como é que uma simples roupa pode mexer tanto com a gente? Eu fiquei pensando que, se todos nós usássemos vestimentas diferentes, poderíamos gerar um movimento social, poderíamos escolher qual mensagem passar e, juntos, fazer isso acontecer! Caso decidíssemos transmitir alegria, seríamos capazes de conseguir muitos sorrisos... Já pensou???

Aí eu concluí que sim, isso é possível; assim como faz o grupo Improv Everywhere (http://improveverywhere.com). Mas além da roupa é preciso "ser alguém com luz" suficiente para emanar tal mensagem, senão vira um palhaço de farol que passa desapercebido... E o Thiago tem essa luz! Vocês precisavam ver o que ele causou nos museus que visitamos... Os adolescentes piraram nele... Pediam pra tirar foto junto, perguntavam onde ele arrumou aquele macacão, por que estava vestido assim, de onde ele era, e tal. Alguns queriam abraçá-lo, outros sorriam largamente... Teve um garoto que disse: "Você me transmite paz, cara!". Um outro fez três perguntas e, ao ouvir que éramos do Brasil, arregalou os olhos e saiu andando; até agora estou encafifada com o que passou na cabecinha dele... Um grupo enorme que fez roda em volta do Thi saiu gritando de euforia: "Eles são do Brasil! São do Brasil!". Que loucura incrível de se viver!!

Como observadora, fiquei maravilhada... Como o ser humano é rico em expressões e emoções... O jovem é curioso, destemido, se faz mais importante no grupo quando tem coragem de abordar alguém desconhecido; as crianças são livres, apontam, sorriem, tocam... Já os adultos, cheios de máscaras protetoras e sociais, ou os tímidos, tentam sorrir sem mostrar os dentes, disfarçam o foco de suas câmeras fotográficas para registrar aquela pessoa que está chamando sua atenção, cutucam uns aos outros "disfarçadamente", sentem vergonha alheia por aquele que não tem vergonha nenhuma! 

Quando a gente estava na frente da Casa Branca um guarda pediu para tirar uma foto do Thi, ele quer colocá-la no Facebook. Depois, ficou parado assistindo nossa gravação de um pedido de PAZ ao Obama. Por fim, queria saber o que tínhamos dito e sorriu mais uma vez apertando a mão do Thi. A moça que andava na rua também sentiu necessidade de parabenizar nosso herói, já que ela admirou e curtiu sua atitude!

Esse planetário humano fez meu dia, com certeza evoluímos como pessoas depois de vivermos essa experiência. Para quem está agora com o sorrisinho preso nos lábios eu diria: VAI EM FRENTE!

Mais uma longa caminhada pelas estradas norte-americanas e chegamos à casa de um casal interessante em New Haven: estudantes da Yale e organizadores de jantares que reúnem pessoas que querem conhecer novas pessoas -  detalhe para as etiquetas com o nome na blusa de cada um dos convidados.

Ela criou uma ONG para manter viva a história das famílias que passaram pelo genocídio ocorrido no Camboja (ela mesma passou por isso). Foi premiada por seu documentário "New Year Baby and Socheata Poeuv" e faz agora um MBA em business. Ele, soldado da paz, cinéfilo e estudante de religião e ética, enche o peito para falar, sempre com firmeza e rapidez, de suas experiências. Nossa passagem nesse couch foi rápida, apenas uma noite, mas valeu! Downtown é muito charmosa, com uma belíssima arquitetura e o Starbucks lotado de estudantes em plena noite de sexta-feira.

Agora estamos em Massachusetts, pertinho de Boston, já pegamos as bandeiras em Connecticut e Rhode Island, em um daqueles dias de passagem rápida... Como um trenzinho que te leva de um lugar ao outro com um belo passeio pelo parque... Por aqui o frio ainda não foi embora totalmente, o que nos dá uma saudadezinha dos bons tempos em New York... Ah! Esqueci de dizer: no caminho pra cá passamos pelo meio de NYC!! Bem perto da casa em que morávamos, no Brooklyn. Foi muito bom, inesperado, ficamos cheios de boas lembranças e saudade, afinal foi ali que tudo isso começou... 

Mas parar, nem pensar! Vamos em frente que ainda quero curtir muitos brinquedos desse parque.

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